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Cirurgia Endoscópica de Coluna

História, Técnicas e Futuro da Cirurgia Endoscópica da Coluna. Parte 1

Primeiros Desenvolvimentos, Evolução e Consolidação.

Nesta série de três artigos produzidos pela Innport – Innovative Imports, líder em fornecimento de óticas, instrumental, kits descartáveis e sistemas de treinamento para endoscopia de coluna no Brasil, vamos abordar aspectos da história, técnicas e futuro deste importante tema.

A cirurgia endoscópica da coluna (ESS) tem evoluído significativamente nas últimas décadas, transformando-se de uma técnica experimental em uma abordagem amplamente aceita para o tratamento de diversas patologias da coluna vertebral. Este artigo revisa a história da ESS, descreve as principais técnicas cirúrgicas utilizadas atualmente e explora as futuras direções dessa modalidade cirúrgica. O objetivo é fornecer uma visão abrangente e detalhada para profissionais da saúde interessados em entender e aplicar a ESS em suas práticas clínicas.

História da Cirurgia Endoscópica da Coluna

Primeiros Desenvolvimentos

A história da cirurgia endoscópica da coluna remonta aos anos 1970, quando os primeiros esforços para alcançar o espaço discal de forma percutânea começaram a ser explorados. Aqui estão alguns dos marcos mais importantes:

1.  1973 – Kambin e Sampson: Kambin e Sampson introduziram uma abordagem posterolateral para a discectomia percutânea guiada por fluoroscopia através de uma cânula. Eles realizaram numerosos estudos cadavéricos e descreveram a “zona triangular de segurança” para a abordagem transforaminal.

2.  1975 – Hijikata: Hijikata introduziu a técnica de nucleotomia percutânea, que envolvia a remoção do núcleo pulposo do disco intervertebral através de uma pequena incisão. Referência:

3.  1983 – Forst e Hausmann: Forst e Hausmann anunciaram a primeira aplicação de um artroscópio modificado para a cirurgia de coluna, que eles chamaram de “nucleoscopia”. Referência:

4.  1988 – Kambin et al.: Kambin e colegas relataram a visualização direta usando endoscópios para a cirurgia de coluna.

5.  1989 – Schreiber et al.: Schreiber e colegas adaptaram instrumentos artroscópicos para a remoção do núcleo pulposo sob visão direta e relataram uma taxa de sucesso geral de 72,5% para ciática.

Evolução e Consolidação

Nos anos 1990, a ESS começou a se consolidar como uma técnica viável para o tratamento de patologias da coluna. A introdução de novos instrumentos e técnicas aprimoradas permitiu que a ESS se expandisse para além da discectomia lombar.

1.  1990s – Yeung e Foley: No final dos anos 1990, Yeung desenvolveu o primeiro sistema endoscópico totalmente funcional, utilizando um endoscópio multicanal com irrigação contínua. Foley, por sua vez, desenvolveu um retrator tubular e iniciou a discectomia microendoscópica, que se tornou uma técnica importante na discectomia e fusão minimamente invasiva.

2.  2000s – Expansão das Indicações: A ESS começou a ser aplicada em uma variedade de condições degenerativas da coluna, incluindo estenose espinhal, hérnias de disco migradas e revisões cirúrgicas. Estudos demonstraram que a ESS poderia ser realizada com segurança e eficácia em pacientes idosos e com comorbidades.

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Conclusão

A cirurgia endoscópica da coluna (ESS) tem percorrido um longo caminho desde seus primeiros desenvolvimentos nos anos 1970. Inicialmente, técnicas como a abordagem posterolateral de Kambin e Sampson e a nucleotomia percutânea de Hijikata abriram caminho para a exploração minimamente invasiva do espaço discal. A introdução de artroscópios modificados por Forst e Hausmann, e a visualização direta com endoscópios relatada por Kambin e colegas, marcaram avanços significativos na capacidade de realizar cirurgias de coluna com menor invasão.

Nos anos 1990, a ESS começou a se consolidar como uma técnica viável, com o desenvolvimento do sistema endoscópico funcional por Yeung e a introdução da discectomia microendoscópica por Foley. Esses avanços permitiram que a ESS se expandisse para além da discectomia lombar, abrangendo uma variedade de condições degenerativas da coluna.

A partir dos anos 2000, a ESS continuou a evoluir, sendo aplicada em casos de estenose espinhal, hérnias de disco migradas e revisões cirúrgicas. Estudos demonstraram que a ESS poderia ser realizada com segurança e eficácia em pacientes idosos e com comorbidades, ampliando ainda mais suas indicações e benefícios.

Hoje, a ESS é amplamente aceita como uma abordagem eficaz e minimamente invasiva para o tratamento de diversas patologias da coluna vertebral. Com o contínuo desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas, a ESS está bem posicionada para se tornar uma das principais opções para o tratamento de doenças da coluna, oferecendo aos pacientes uma recuperação mais rápida, menos dor pós-operatória e menores taxas de complicações.


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Referências:

  1. Forst R, Hausmann B. Nucleoscopy–a new examination technique. Arch Orthop Trauma Surg (1978). 1983;101:219-21.
  2. Hijikata S. Percutaneous nucleotomy. A new concept technique and 12 years’ experience. Clin Orthop Relat Res. 1989;(238):9-23.
  3. Kambin P, Nixon JE, Chait A, et al. Annular protrusion: pathophysiology and roentgenographic appearance. Spine (Phila Pa 1976). 1988;13:671-5.
  4. Schreiber A, Suezawa Y, Leu H. Does percutaneous nucleotomy with discoscopy replace conventional discectomy? Eight years of experience and results in treatment of herniated lumbar disc. Clin Orthop Relat Res. 1989;(238):35-42.
  5. Yeung AT. Minimally invasive disc surgery with the yeung endoscopic spine system (YESS). Surg Technol Int. 1999;8:267-77.
  6. Kim JH, Kim HS, Kapoor A, et al. Feasibility of full endoscopic spine surgery in patients over the age of 70 years with degenerative lumbar spine disease. Neurospine. 2018;15:131-7.

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